A soft Iaw no combate à corrupção luso-brasileira

Autores

  • Daniel Blume Pereira de Almeida Universidade Autônoma de Lisboa

Palavras-chave:

Soft law, Combate à corrupção, Crimes transnacionais, Direito Internacional, Sistemas jurídicos português e brasileiro

Resumo

O presente trabalho objetiva analisar a utilização de instrumentos da soft /aw no combate à corrupção em Portugal e no Brasil. Para tanto, discorre sobre conceito, características e desenvolvimento histórico de tal espécie normativa, destacando a sua utilização no combate a crimes transnacionais, com destaque para o crime de corrupção, Trata, ainda, dos desafios impostos ao combate a crimes transfronteiriços. Por fim, analisa a utilização e aplicação da soft law nos ordenamentos jurídicos de Portugal e Brasil.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Daniel Blume Pereira de Almeida, Universidade Autônoma de Lisboa

Doutorando em Ciências Jurídicas pela Universidade Autônoma de Lisboa. Advogado, procurador do Estado do Maranhão, conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Referências

ACKERMAN, Susan Rose. Corruption and Government: causes, consequences, and reforma Cambridge University Press: Cambridge, 2016.

ALVES, Wilson Mendonça; OBREGON, Marcelo Fernando Quiroga. Os acordos internacionais de cooperação no combate à corrupção no âmbito da operação Lava Jato. Disponível em: http://www. ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_Iink=revista_artigos_leitura&artigo_id=19158&revista_ caderno=3. Acesso em: 23 jun. 2018,

AZEVEDO, Antônio Junqueira de. Negócio jurídico, Existência, validade e eficácia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2002.

BOBBIO, Norberto. Teoria geral do Direito. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

BONAVIDES, Paulo. Ciência Política, 20. ed, São Paulo: Malheiros editores, 2013.

BRASIL. Decreto n e 5.015, de 12 de março de 2004. Promulga a Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional. Diário Oficia/ [da] República Federativa do Brasil, 15 mar. 2004. Disponível em: http://wm.planalto.gov.br/ccivil_03/_at02004-2006/2004/decreto/ d5015.htm. Acesso em: 25 jun. 2018.

BRASIL, Decreto no 7.030, de 14 de dezembro de 2009. Promulga a Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados, concluída em 23 de maio de 1969, com reserva aos artigos 25 e 66. Brasília. Diário Oficia/ [da] República Federativa do Brasil, 15 dez. 2009. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_at02007-2010/2009/decreto/d7030.htm. Acesso em: 4 jun. 2018

BRASIL. Ministério da Justiça. Combate à corrupção e à lavagem de dinheiro. Disponível em: http://www.justica.gov.br/sua-protecao/lavagem-de-dinheiro. Acesso em: 12 maio 2018.

CANOTILHO, J. J. Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constituição. Coimbra: Almedina, 2003.

CORTÊS CABRERA, Bárbara Andrea. El Soft law y su aplicación en el derecho comercial. Revista Tribuna Internacional, Chile, v. 3, 2014. Disponível em: https://tribunainternacional.uchile.cl/ index.php/RTl/article/view/35510/37188. Acesso em: IO jun. 2019.

CUNHA, Ricardo Alexandre Sousa da; SERRA, Sara Alexandra da Eira; COSTA, Maria Manuela Oliveira. Medidas de Combate à Corrupção em Portugal. 2013. Disponível em: https://tmstudies. net/index.php/ectms/article/viewFlIe/493/796. Acesso em: 16 jun. 2018.

ESCRITÓRIO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DROGAS E CRIME. Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção. Disponível em: https://www.unodc.org/lpo-brazil/pt/corrupcao/convencao, html. Acesso em: 12 nov. 2018.

FERREIRA, Luciano Vaz; MOROSINI, Fabio Costa. A implementação da lei internacional anticorrupção no comércio: o controle legal da corrupção direcionado às empresas transnacionais. Austral: Revista Brasileira de Estratégia e Relações Internacionais, v. 2, n. 3, jan./jun. 2013,

p. 257. Disponível em: http://www.repositorio.furg.br/bitstream/handle/1/5255/A%20no%20com%C3%A9rcio.pdf?sequence=. Acesso em: 21 maio 2018.

FONSECA, Anderson Freitas da. O combate a corrupção sob a perspectiva internacional. Revista Textos&Debates, Boa Vista, n. 19, p. 31-45. Disponível em: https://revista.ufrr.br/textosedebates/ article/viewFIle/1185/960. Acesso em: 11 jun. 2018.

GLACIA, Caíque Ribeiro. Crime e globalização: reflexões sobre crimes transnacionais e a cooperação jurídica internacional na contemporaneidade. Revista Eletrônica de Direito Processua/— REDP, Rio de Janeiro, 12, v 19, p. 39. Disponível em: http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/redp/ article/view/30184/23716. Acesso em: 23 jun. 2018.

GODINHO, Thiago José Zanini. Contribuições do Direito Internacional ao combate à corrupção. Rev. Fac. Direito UFMG, Belo Horizonte, n. 58, p. 347-386, jan./jun. 2011. Disponível em: https://www. direito.ufmg.br/revista/index.php/revista/article/viewFlle/147/137. Acesso em: 15 maio 2018. GOMES, Orlando. Introdução ao Direito Civil. 18. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2001,

GREGÓRIO, Fernando da Silva. Consequências sistêmicas da soft /aw para a evolução do Direito Internacional e o reforço da regulação global. Revista de Direito Constitucional e Internacional, São Paulo, v. 95, p. 299-320, 2016.

GUZMAN, Andrew T.; MEYER, Timothy L. International Soft Law. Journal of Lega/ Analysis, v. 2, Spring 2010. Disponível em: https://scholarship.law.berkeley.edu/cgi/viewcontent.cgi?article= 1694&context=facpubs, Acesso em: 10 jun. 2019.

HACHEZ, Isabelle. Basiles conceptuelles autour des notions de source du droit, force normative et 'soft law'. Revue interdisciplinaire d'étudesjuridiques, França, v. 65, p. 1-64, 2010.

KAUFMANN-KOHLER, Gabrielle. La codificación y Ia normatividad del soft law en el arbitraje internacional. In: BASEDOW, J.; FERNÁNDEZ ARROYO, D. P.; MORENO RODRÍGUü, J. A. (Eds.). ¿Cómo se codifica hoy el derecho comercia/ internacional? Asunción: Centro de Estudios de Derecho, Economía y Política (CEDEP), La Ley & Thompson Reuters; 2010. p. 107-127.

KAUFMANN-KOHLER, Gabrielle. Soft Law in International Arbitration: Codification and Normativity. Journa/ of International Dispute Settlement, 2010. Acesso em: 3 ago- 2019

KELSEN, Hans. Teoria Geral do Estado e do Direito. São Paulo: Martins Fontes, 1998/2000.

KOUTRAS, Samantha Gabriela. Soft law, hard law e a teoria da transnormatividade: um estudo do Direito Internacional contemporâneo. Revista de Direito Constituciona/ e Internacional, São Paulo, v. 101, p. 253267, 2017.

LEÓN ROBAYO, Édgar lván. Los principios de Unidroit como recurso de interpretación contractual en e/ derecho colombiano. Bogotá D.C.: Universidad del Rosario & Legis, 2014.

LINARES, Antonio. Derecho Internacional Público. Tomo l. Caracas: Academia de Ciencias Políticas y Sociales, 1992.

LOURENÇO, José. Limites à liberdade de contratar: princípios da autonomia e da heteronomia da vontade nos negócios jurídicos. São Paulo: Juarez de Oliveira, 2001.

MARTINS, Fabiano Emídio de Lucena; BRAGA, Romulo Rheno Paliot. Crescente adoção de instrumentos de soft law na cooperação penal internacional. Revista de Direito e Desenvolvimento, João Pessoa, v. 4, n. 8, p. 95-113, 2013.

MELLO, Celso D. de Albuquerque. Curso de Direito Internacional Público. Vol„ I. Rio de Janeiro: Renovar, 2000.

MIRANDA, Jorge. Curso de Direito Internacional Público. 5. ed. Cascais: Principia, 2012.

NEVES, Miguel Santos. Diplomacia económica, geoeconomia e a estratégia externa de Portugal. JANUS.NET, e-journa/ of/nternationa/ Relations, v. 8, n. 1, p. 92-125, maio/out. 2017. Disponível em: http://observare.uaI.pt/janus.net/images/stories/PDF/v018_n1/pt/pt_v018_n1_art06.pdf.

NEVES, Miguel Santos. Direito Internacional da Agua e conflitualidade internacional: implicações do reconhecimento da água como direito humano. Jurismat revista jurídica, n. 3, p. 262-290, 2013.

OLIVEIRA, André Filipe Martins Ferreira de. O crime de recebimento indevido de vantagem no Direito português. Revista e/etrônica de direito pena/ e política crimina/ — UFRGS, v. 4, n. 2, p. 31-49, 2016. Disponível em: http://seer.ufrgs.br/index.php/redppc/article/view/61759. Acesso em: 27 maio 2018.

OLIVEIRA, Liziane Paixão Silva; BERTOLDI, Márcia Rodrigues. A importância do soft lawna evolução do Direito Internacional. Revista Jurídica Luso-Brasileira, Lisboa, ano 1, n, 10, p 6.265-6.289, 2012. Disponível em: https://www.cidp.pt/publicacoes/revistas/ridb/2012/10/2012_10_6265_6289. pdf. Acesso em: IO abr. 2018.

PORTELA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito Internacional Público e Privado: incluindo direitos humanos e direito comunitário. 9. ed. Salvador: Juspodivm, 2017.

PORTUGAL. Constituição da República Portuguesa de 1976. Disponível em: https://dre.pt/ constituicao-da-republica-portuguesa. Acesso em: 15 jun. 2018.

PRADO, Luiz Regis. A Lei 10.467/2002 e os novos crimes de corrupção e tráfico de influência internacional no Direito brasileiro. Disponível em: http://professorluizregisprado.com/Artigos/ corrup%E7%E30%20internacional.pdf. Acesso em: 4 jun. 2018.

PRONER, Carol; PAULA, Vera Cecília Abagge de. Corrupção e o marco convencional internacional. Cadernos da Escola de Direito e Relações Internacionais, Curitiba, 17, pa 225-250. Disponível em: http://revistas.unibrasil.com.br/cadernosdireito/index.php/direito/article/view/812/767. Acesso em: 27 maio 2018.

REINICKE, Wolfgang H.; MARTIN WITTE, Jan, Interdependence, Globalization, and Sovereignty: the Role of Non-Binding International Legal Accords. In: SHELTON, Dinah (Ed.), Commitrnent and Comp/iance. The Role of Non-Binding Norms in the Internationa/ Lega/ System. New York: Oxford University Press, 2000,

RESTREPO, Hernán Valencia. Derecho Internacional Público. Editorial Universidad Pontificia Bolivariana. 2003. Disponível em: https://tribunainternacional.uchile.cl/index.php/RTl/article/ view/35510/37188. Acesso em: 10 jun. 2019.

RZEK, José Francisco. Direito Internacional Público. São Paulo: Saraiva, 1989.

REZEK, José Francisco. Direito Internacional Público: curso elementar. 13. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

RIBEIRO, Isolda Lins. Patrimonialismo e personalismo: a génese das práticas de corrupção no Brasil. In: CONGRESSO NACIONAL DO CONPEDI, 19., 2008, Brasília. Anais... Brasília: 2010. Disponível em: http://www.publicadireito.com.br/conpedi/manaus/arquivos/anais/fortaleza/3324.pdf. Acesso em: 21 maio 2018.

RODAS, João Grandino. Tratado internacional só é executório no Brasil depois da promulgação e publicação. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2015-dez-24/olhar-economico-tratadoexecutori()-depois-promulgacao. Acesso em: 7 jun. 2018.

RODRIGUES, L, Soft Law. Revista Negócios Estrangeiros, v. 19, p. 11-37, 2011.

SHAFFER, Gregory; POLLACK, Mark A. Hard and Soft Law: What Have We Learned? In: DUNOFF, Jeffrey L.; POLLACK, Mark A. (Eds.). International Law and Internationa/ Relations: Insights from Interdisciplinary Scholarship. New York: Cambridge University Press, 2012. (Minnesota Legal Studies Research Paper n. 12-17). Disponível em: https://papers.ssrn.com/s013/papers. cfm?abstract_id=2044800. Acesso em: 15 abre 2018.

SOUSA, Luís de. Corrupção. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2011.

TARTUCE, Flávio. Manual de Direito Civil. Volume único. 5. ed. São Paulo: Método, 2015.

THÜRER, Daniel. soft Law. In: BERNHARDT, R. (Ed.). Encyclopedia ofPub/ic International Law. 2000.

TOFFOLI, José Antonio Dias; CESTARI, Virgínia Charpinel Junger. Mecanismos de cooperação jurídica internacional no Brasil. Disponível em: mwv.agu.gov.br/page/downIoad/index/id/1070064. Acesso em: 9 abr- 2018.

TRANSPARENCY INTERNATIONAL. Índice de Percepção da Corrupção. Disponível em: https://static1.squarespacz.com/static/5a86d82132601ecb510239c2/t/5a8dc5b89140b72. Acesso em: 23 junc 2018.

VARELLA, Marcelo D, Direito Internacional Público. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2012.

WERLE, Gerhard. Tratado de Derecho Penal Internacional. 2. ed. Valencia: Tirant Io Blanch, 2005.

Downloads

Publicado

12/30/2019

Como Citar

ALMEIDA, D. B. P. de. A soft Iaw no combate à corrupção luso-brasileira. Revista Internacional de Direito Público | RIDP, Belo Horizonte: Fórum, v. 4, n. 7, p. 43–67, 2019. Disponível em: https://ridpdireito.com.br/index.php/ridp/article/view/1019. Acesso em: 12 maio. 2025.